Ricardo Cabral mira em sustentabilidade

 

De volta à Leograf, executivo já criou área de treinamento

Ricardo Cabral diz que corre tinta em suas veias. O exagero faz menção ao nível de intimidade com a indústria gráfica, ramo em que sua família atua desde antes dele nascer. Aos 16 anos, quando começou a trabalhar na Leograf pela primeira vez, Ricardo ainda estava no ensino médio.

Durante seis anos, passou por todos os departamentos. Conheceu cada etapa da produção - da pré-impressão à impressão. Trabalhou no setor administrativo, nos recursos humanos, foi assistente comercial e orçamentista. Enquanto aprendia toda a parte operacional da gráfica, cursava a faculdade de jornalismo. "Eu era jovem, não tinha conhecimento de nada do mundo corporativo e isso me ajudou muito a conhecer o fluxo e o funcionamento de uma empresa e a entender o que cada um ali dentro fazia."

De 2010 a 2018, Ricardo esteve à frente do marketing, em sua primeira função gerencial, com uma pós-graduação na área. Depois saiu para uma experiência de 5 anos na Prudential Financial, empresa do ramo de seguros, e retorna agora à Leograf com a missão de agregar a experiência vivida em uma multinacional centenária. Já deu o pontapé inicial criando uma área de treinamento.

RL - Em 2018, você saiu da Leograf. Como foi essa decisão?
RC - Depois da pós em marketing, eu fiz MBA em gestão comercial e tive vontade de ter uma experiência fora do ambiente conhecido da gráfica. Senti que seria importante para o meu aprendizado e para me desafiar como profissional. Eu já tinha feito muita coisa na gráfica, incluindo a criação de um departamento de qualidade, focado em regulamentos, e desenvolvimento de novos projetos. Entendi que era o momento certo para abraçar uma oportunidade fora. Passei por um processo seletivo na Prudential, fui contratado e fiquei lá de 2018 até agora.

RL - Como é voltar para a Leograf?
RC - Volto com o desafio de agregar conhecimento, de trazer soluções de mercado para a gráfica. O primeiro momento foi de mapear o que existe, para identificar onde podemos avançar em processos, melhorar a aplicação de ferramentas que já temos. O marketing é uma das minhas especialidades, então, já assumi de cara essa área, mas agora tenho uma função mais abrangente, olhando o todo da empresa, junto com os três sócios fundadores.

RL - Como vai ser trabalhar com os fundadores, mas agora nessa posição mais abrangente?
RC - Vejo de uma forma muito especial esse momento que estamos vivendo na Leograf. Os sócios continuam firmes à frente dos negócios. Eles têm um legado importante e a segunda geração está pronta para participar ativamente, aprendendo com os fundadores e trazendo o olhar de fora. É um movimento de soma ou talvez até de multiplicação dos conhecimentos, para que a Leograf seja uma empresa perene. Vamos completar 25 anos em 2024, queremos que a companhia atravesse séculos de história. Estou muito satisfeito de retornar e trazendo uma bagagem importante, que me permite um olhar mais amplo dos negócios. Já estou tocando projetos junto aos departamentos de marketing, comercial e administrativo. Também já comecei a olhar o jurídico, novos projetos e tecnologia. O próximo passo será a produção. A ideia é agregar conhecimento em todas as áreas, sempre em parceria com os sócios.

RL - É verdade que mesmo de longe você continuava de olho no funcionamento da gráfica?
RC - Eu nunca consegui me afastar totalmente. Durante a pandemia, em especial, procurei contribuir com meu olhar de fora para ajudar a manter a gráfica firme. Foi um período muito difícil para todo o mundo, literalmente, mas não paramos. Em 2020, com a freada brusca da economia, a Leograf também foi afetada e teve redução de faturamento e de jornada de trabalho. Em 2022, a empresa voltou a contratar, ficou maior do que antes da pandemia. Eu não participei diretamente desse processo, mas acompanhei tudo e contribuí com meu conhecimento do mundo gráfico e minha visão de mercado para ajudar na tomada de decisões, dando uma força pontual no marketing e inclusive orientando o time de vendas.

RL - Quais foram suas primeiras realizações neste retorno?
RC - Não existia um departamento de treinamento e na minha volta já montamos área de treinamento dentro da empresa. Percebi que treinar faz uma diferença enorme: o colaborador fica mais satisfeito, porque você está trazendo conhecimento que ele leva para a vida, e a empresa tem a possibilidade de desenvolver e reter talentos. Além disso, claro, treinamento é fundamental para melhorar processos e fluxos.

RL - A sustentabilidade é um valor forte na empresa. Tem algum plano especial para essa área?
RC - A sustentabilidade é uma das bandeiras mais importantes da Leograf. Essa era uma área que eu dava muita atenção antes de sair e o plano é investir mais ainda agora. O Ecoline, que é um processo de produção com as melhores práticas sustentáveis, criado pela Leograf, completa 10 anos agora. É um orgulho para nós ter essa trajetória e queremos dar mais visibilidade ao Ecoline, levar esse selo a mais clientes. Queremos trabalhar mais o desenvolvimento de processos e produtos sustentáveis junto a nossos fornecedores, principalmente mirando a reciclabilidade do produto. Nossa missão é oferecer a melhor solução em artes gráficas com tecnologia, rapidez e confiabilidade e tudo isso, claro, pensando no nosso Planeta.

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