O DNA das gráficas está na família da Daniela.
O pai Vladeri era tipógrafo no Paraná. Conheceu a esposa, dona Dalva, mãe da Daniela, na fábrica, onde ela trabalhava na área de acabamento. Foi paixão à primeira vista. Os dois namoraram e decidiram tentar a vida em São Paulo. Cidade grande, cheia de desafios. Os dois jovens corajosos não se deixaram intimidar: se mudaram para o bairro da Casa Verde e, alguns anos depois, foram morar no Jardim Santa Teresa, próximo à Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte de São Paulo.
Sempre trabalhando em gráficas.
Dessa relação nasceu Daniela. Menina estudiosa que desde pequena pensava em ser enfermeira. Até que os pais a levaram para conhecer o trabalho que faziam na fábrica. Os diferentes tipos de papéis, as cores, as máquinas. Daniela se apaixonou pelo que viu e decidiu: queria também entrar para uma gráfica.
Aos 14 anos, ainda muito nova, começou a trabalhar com acabamento gráfico em uma empresa que ficava próxima a onde ela morava. Dois anos depois ela conheceu a Leograf, onde conquistou o primeiro registro na carteira de trabalho.
Começou na área de escritório, administrando duas máquinas de fax ou facsimile, um aparelho que antigamente era usado para a transferência remota de documentos via rede telefônica. Faculdade até então não estava nos planos da jovem. O gosto pelo trabalho, entretanto, deu estímulo para que ela buscasse aperfeiçoamento.
Decidiu fazer administração de empresas e não parou por aí. Logo após a graduação, passou no MBA em Marketing.
Na época trabalhava como secretária do diretor comercial, Eugenio Cabral e logo recebeu o convite do filho dele, Ricardo Cabral, para ajudar a criar o setor de marketing da empresa. Desafio aceito, ficou por dez anos no setor que ajudou a criar. Daniela se dedicou ao aprendizado de inglês, fez intercâmbios para aperfeiçoar a língua e hoje quer aprender espanhol ou francês. "Não me decidi ainda", diz ela.
Durante esse período Daniela teve outras conquistas: conseguiu comprar apartamento e carro próprios. Há dois anos, ela recebeu um novo convite do diretor comercial, Eugenio Cabral, para trabalhar com ele novamente como secretária, função que ocupa até hoje.
Uma história de 19 anos na empresa.
Entrou quando a fábrica tinha 200 funcionários. Hoje são mais de mil. Viu a empresa se tornar a maior gráfica da América Latina. A filha de Daniela, hoje com onze anos, também se apaixonou pela empresa após uma visita. E já diz para a mãe que quer trabalhar lá, "na área de Relações Públicas", falou decidida.
Uma história familiar que promete ter ainda muitos capítulos felizes pela frente dentro da Leograf.